Geny Catamo tem sido uma das revelações do Sporting em 2023/24. Presente em 32 dos 43 jogos dos leões até à data, o moçambicano, de 23 anos, confia que a equipa vai conseguir fazer uma ponta final de época de prego a fundo, à mesma velocidade com que o próprio entrou no plantel, no último verão.
“Ninguém esperava que eu começasse assim a época, mas eu estava confiante! Já vinha a preparar-me para ter essa oportunidade e agarrei-a assim que a tive. Sempre tive confiança no meu potencial, no meu talento e mantive a cabeça limpa. Agora é continuar”, começou por sublinhar, em declarações à Sporting TV, aproveitando a oportunidade para agradecer aos que acreditaram nele, de Rúben Amorim aos restantes companheiros: “Fica muito mais fácil porque eles ajudam-me e eu também tenho de os ajudar para podermos concretizar os objetivos pelos quais lutamos todos no Sporting. E isso torna-me mais forte, porque aumenta o foco e a determinação. É uma família. Já estou aqui há bastante tempo e agora sinto-me como se… Não tenho palavras até para descrever isso. Porque é algo muito, muito, muito, muito, muito profundo”.
Apesar de ser extremo de raiz, o esquerdino foi moldado, desde início da época, em ala direito, papel que hoje frequentemente desempenha. “Acho que melhorei muito defensivamente. E isso chama-me muito a atenção, porque é uma melhoria que eu noto”, avaliou, quanto a uma posição que o obriga a jogar em zona mais recuadas do terreno, mas que por outro lado lhe permite explorar outros terrenos. “Dá-me mais vantagem. Assim que recebo a bola, recebo para dentro, e assim dá-me vantagem para chutar à baliza! E os meus colegas inspiram-me pela forma como jogam. Eu roubo, entre aspas, algumas táticas. Se o Trincão consegue fazer aquilo, eu vou tentar”, exemplificou.
De olho no que aí vem, na Liga e Taça de Portugal, Geny Catamo aponta a “jogos difíceis”, nos quais será preciso ir passo a passo, ou… jogo a jogo, mas sempre com confiança. “Temos de nos focar no próximo, no próximo e só no próximo, jogo a jogo. Estamos confiantes daquilo que vamos enfrentar”, sublinhou, ciente de que a exigência de atuar num clube grande o obriga a dar tudo que tem. “Aqui sou obrigado a ir aos limites!”, atirou.
O pior para trás das costas
Apesar de atravessar um momento positivo na carreira, nem só de pontos altos se fez a carreira do internacional moçambicano, que deixou o seu país à partida para a época 2018/19, num primeiro momento para representar o Amora, clube que representou antes de rumar a Alcochete, em 2019, pela porta dos juniores.
“Sair do meu país para cá foi um passo enorme. Encontrar estas diferenças… Ao princípio, claramente, tive dificuldades. Depois fui-me soltando, pouco a pouco, porque também fiquei cá na Academia. Aqui ao início cruzei-me com o senhor Aurélio [Pereira]. Ele descreveu- um pouco daquilo que eu era… Eles ajudavam-me muito porque sabiam que era o meu primeiro ano aqui em Portugal, confortavam-me muito, davam-me muito carinho. Isso foi muito importante. O facto de estar a viver na Academia no meu primeiro ano foi muito, muito bom. Ajudou-me bastante. Porque para ser um jogador há tudo, tudo, tudo cá dentro (na Academia)”, vincou.
Ao subir ao patamar senior, Geny foi por duas vezes emprestado, ao V. Guimarães e, depois, Marítimo. A utilização em ambos os clubes foi irregular, também por culpa de alguns problemas físicos. Mas o passado… fica lá. “Na prática tive duas épocas complicadas. E foi difícil. Mas também não foram duas épocas que passaram em vão. Foram duas épocas que passaram, mas que tive de aprender alguma coisa, como a experiência na primeira liga. Na segunda época tive muitas lesões e aprendi que tenho de ser mais profissional. Tenho de proteger-me das lesões, cuidar de mim, comer bem, dormir e tudo. Isto também não quer dizer que eu não fazia. Fazia, mas tenho de aumentar os índices disso. Porque isso é que foi a causa das lesões. Tudo isso misturado é que me levou a ajustar os pontos, para evitar mais lesões”, salientou, feliz por estar, atualmente, a cumprir o sonho de ser peça importante na equipa principal do Sporting e num clube grande. “A cabeça tem de, automaticamente, mudar o chip”, rematou.
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